Com o recente aumento de casos, a mpox, conhecida popularmente como varíola dos macacos, voltou a ser um foco de atenção global. A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou a situação atual como uma emergência de saúde pública de importância internacional, o nível mais alto de alerta da entidade. A medida foi tomada devido ao risco crescente de disseminação global da doença, especialmente após um aumento significativo dos casos na República Democrática do Congo (RDC).
A mpox pode ser fatal, embora a maioria dos casos tenha um resultado positivo, com recuperação total em poucas semanas. Entretanto, pessoas com imunossupressão, crianças e pessoas sem acesso adequado a cuidados médicos estão mais propensas a complicações graves e, em alguns casos, à morte.
O que é a mpox e quais seus sintomas?
A mpox é uma doença causada pelo vírus Monkeypox, que pode ser transmitida de animais para humanos e de pessoa para pessoa. A transmissão pode ocorrer por contato direto com lesões na pele, fluidos corporais, e até mesmo objetos contaminados.
O sintoma mais considerável da mpox é a erupção cutânea, semelhante a bolhas ou feridas, que pode durar entre duas e quatro semanas. Essa erupção pode aparecer em diversas partes do corpo, incluindo o rosto, as mãos, os pés, e áreas genitais. Além disso, a doença pode ser acompanhada por febre, dor de cabeça, dores musculares, cansaço e gânglios linfáticos inchados. Em casos mais graves, as lesões podem se espalhar para os olhos, boca e órgãos genitais, e até mesmo levar a complicações como pneumonia ou encefalite.
Como a mpox é transmitida e quem está em risco?
A mpox pode ser transmitida através de contato próximo com uma pessoa infectada, seja por gotículas respiratórias, contato pele a pele, ou através de objetos contaminados, como roupas e toalhas. A doença também pode ser transmitida durante a relação sexual. A OMS também alerta que a mpox pode ser transmitida de mãe para filho durante a gravidez ou no parto.
Qualquer pessoa que tenha contato próximo com uma pessoa infectada corre risco de contrair a mpox. No entanto, crianças, pessoas imunocomprometidas, e profissionais de saúde, correm um risco maior de desenvolver formas graves da doença. A vacinação contra a varíola humana pode oferecer alguma proteção, mas como a vacinação foi descontinuada após a erradicação da varíola em 1980, muitas pessoas não possuem essa imunidade.
Como se prevenir e quais os tratamentos?
A prevenção da mpox envolve evitar o contato próximo com pessoas infectadas, usar máscaras e luvas quando necessário, e higienizar frequentemente as mãos. Em áreas onde o vírus está presente em animais, é recomendável evitar o contato com esses animais e garantir que qualquer carne consumida esteja bem cozida.
Para o tratamento, a maioria dos casos requer apenas cuidados sintomáticos, como o manejo das lesões cutâneas. Em casos graves, pode ser necessário o uso de antivirais específicos como o tecovirimat (TPOXX), e a imunoglobulina vaccinia (VIG) pode ser recomendada.
Existem vacinas disponíveis para a prevenção da mpox, mas atualmente elas são recomendadas apenas para pessoas que estão em um alto risco de exposição ao vírus. A vacinação em massa não é indicada no momento, e a disponibilidade dessas vacinas ainda é limitada.