A Meta, empresa dona do Facebook, Instagram e WhatsApp, decidiu acabar com o programa de checagem de fatos, que ajudava a combater informações falsas nas redes sociais. Essa mudança levantou preocupações no Brasil e levou a Advocacia-Geral da União (AGU) a exigir explicações da empresa.
Para discutir o assunto, a AGU marcou uma reunião para esta terça-feira (14), com a participação de representantes dos Ministérios dos Direitos Humanos, da Justiça e da Secretaria de Comunicação Social da Presidência. O objetivo é analisar as mudanças e decidir como o governo vai agir.
Uma das alterações anunciadas pela Meta é a adoção do programa “notas da comunidade”, no qual apenas usuários cadastrados podem contestar informações falsas. Especialistas temem que isso facilite a circulação de fake news e promova discursos de ódio, prejudicando grupos vulneráveis, como mulheres, imigrantes e pessoas LGBTQIA+.
A decisão da Meta faz parte de um alinhamento com a política do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, que defende menos controle sobre o ambiente digital. Além disso, a empresa agora permite que ofensas preconceituosas sejam publicadas em suas plataformas.
Entidades como a Coalizão Direitos na Rede criticam as mudanças e acusam a Meta de priorizar seus lucros e interesses dos EUA, deixando de lado a segurança dos usuários em outros países.
O ministro da AGU, Jorge Messias, destacou que fake news impactam a sociedade e a economia do Brasil. “As pessoas acabam não conseguindo distinguir o que é verdade do que é mentira. Isso acaba impactando no país, na nação, nas pessoas e na economia. Estamos falando de soberania nacional”, afirmou.
Após a reunião, a AGU decidirá os próximos passos para garantir que as redes sociais respeitem as leis brasileiras e mantenham um ambiente seguro para os usuários.
SIGA: @INFONEWSPARAÍBA