Na Paraíba, atualmente, há 83 crianças e adolescentes disponíveis para adoção e 500 pessoas habilitadas para adotar, segundo dados da unidade judiciária. Em João Pessoa, a capital do estado, estão disponíveis cinco crianças e adolescentes para adoção, sendo dois adolescentes e um grupo de três irmãos. Esses dados são acompanhados por 275 pretendentes que buscam realizar o sonho da adoção, conforme informações fornecidas pelo juiz Adhailton Lacet, titular da 1ª Vara da Infância e Juventude da Comarca da Capital.
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O Dia Mundial da Adoção, comemorado no último sábado (9), trouxe à tona a importância do acolhimento de crianças e adolescentes em todo o mundo, destacando a necessidade da adoção tardia. O juiz Lacet explicou que, no contexto da adoção tardia, estão inseridas as crianças com mais de cinco anos, também chamadas de “adoção necessária”, um conceito que visa conscientizar sobre a adoção de crianças que, muitas vezes, têm mais dificuldades em serem adotadas devido à faixa etária.
“Toda adoção é necessária, não importa a faixa etária da criança. Desde 2011, temos trabalhado para conscientizar os habilitados, casais e pessoas singulares, para ampliar o perfil de adoção junto ao Sistema Nacional de Adoção e Acolhimento e realizar a adoção necessária ou tardia”, destacou o juiz Adhailton Lacet.
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O juiz ainda ressaltou que a adoção de crianças mais velhas pode ser tão bem-sucedida quanto a de bebês. Em 2024, 40 adoções foram realizadas, sendo mais crianças adotadas do que adolescentes, mostrando que o perfil de adoção está se diversificando e que as pessoas estão mais abertas à ideia de adotar crianças maiores.
Adhailton Lacet também mencionou que a adoção ilegal está diminuindo, com as pessoas compreendendo melhor os processos legais. Isso evita a prática da “adoção à brasileira” ou a adoção feita sem o crivo da Justiça infantojuvenil, como nos casos de entrega direta de crianças para terceiros, sem o devido processo legal.
O processo de adoção na Paraíba passa por várias etapas, começando com a habilitação, onde os pretendentes passam por uma avaliação psicossocial realizada pela equipe técnica do juízo. Após a habilitação, os candidatos participam de um curso de adoção, e seus nomes são inseridos no Sistema Nacional de Adoção (SNA). Quando uma criança ou adolescente compatível é identificada no sistema, é iniciado o processo judicial de adoção, que inclui uma audiência e a avaliação do juiz.
“Feito isso, o juiz julga o processo de adoção, buscando sempre o melhor interesse da criança”, finalizou o juiz Lacet.
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