Uma operação conjunta resgatou 33 trabalhadores submetidos a condições degradantes e semelhantes à escravidão em obras de três construtoras nas praias de Formosa e Camboinha, em Cabedelo, Região Metropolitana de João Pessoa. A ação foi realizada entre os dias 21 e 28 de maio por equipes do Ministério do Trabalho, Ministério Público do Trabalho (MPT), Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal.
Os trabalhadores, vindos de cidades paraibanas como Mari e Gurinhém, viviam em alojamentos improvisados dentro das próprias obras, sem ventilação, com infiltrações, superlotação e banheiros precários. A alimentação também era insuficiente: um pedaço pequeno de carne no almoço, cuscuz no café da manhã e jantar.
Além das condições insalubres, as obras apresentavam riscos iminentes, como trabalhos em altura sem segurança e fossos abertos. Por isso, foram embargadas.
Este ano, já são 104 trabalhadores resgatados na Paraíba, 92 deles na construção civil, o que representa um aumento de 96% em relação a todo o ano de 2024.
As construtoras firmaram acordos com o MPT para regularizar a situação e pagar quase R$ 200 mil em verbas rescisórias, além de indenizações por danos morais individuais e coletivos que somam R$ 300 mil.