Juiz vê ‘ilação’ contra Lauremília em esquema de aliciamento de eleitores em João Pessoa

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Foto: Reprodução/Redes Sociais
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O juiz federal Bruno Teixeira de Paiva afirmou, nesta segunda-feira (30), durante julgamento no Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba (TRE-PB), que a participação da primeira-dama de João Pessoa, Lauremília Lucena, em um suposto esquema de aliciamento violento de eleitores e organização criminosa nas eleições municipais da Capital é apenas uma mera ilação.

Segundo o magistrado, nos autos do processo constam apenas cinco citações esparsas em relação a Lauremília.

“Eu estou fazendo as aspas de todas as citações. Desperta a atenção a situação de Lauremília, bem como a solicitação de descrição da atuação. Fecha aspas. Segundo, até porque você se encontrou com a doutora Lauremília. É isso que tem em termos de contexto. Três, feche uma proposta com o Alisson, o diretor administrativo, que converse com Lauremília. Quarto, a gratificação quem bota é Lauremília. Cinco, que esteve com Lauremília na quinta-feira indicando que possivelmente o alvo tem acesso a Lauremília. Não está nem em contexto de prova. Não há absolutamente mais nada que interligue com o presente Habeas Corpus”.

Com relação à senhora Tereza Cristina, também investigada com Lauremília, o juiz disse que não existe uma citação sequer.

“Em relação à segunda presa no sábado, a segunda presa, juntamente com a senhora Lauremília, que é a Tereza Cristina, nestes mesmos autos de 750 páginas, não há uma única citação do nome dela, uma única citação do nome dela. E também nos autos da representação 0657, não se menciona a investigada Tereza Cristina, nem a paciente deste Habeas Corpus, Lauremília Lucena, ou seja, não há indicação em relação a nenhuma dessas duas”, afirmou.

Novo relator

O pedido de habeas corpus de Lauremília Lucena foi inicialmente encaminhado ao juiz Sivanildo Torres Ferreira, mas o magistrado transferiu o caso para o juiz Bruno Teixeira de Paiva, que já havia relatado outros recursos relacionados à operação Território Livre, como o da vereadora Raíssa Lacerda (PSB).

Durante a sessão de hoje, Teixeira levantou uma questão de ordem para que o Colegiado decidisse quem deveria ser o relator. Por quatro votos a três, a Corte determinou que o processo ficará sob a relatoria do juiz Sivanildo Torres Ferreira. O advogado Walter Agra, que defende Lauremília, solicitou urgência no julgamento do recurso.

Com informações da assessoria Cícero Lucena

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