MP vai investigar se noiva de jogador do Botafogo-PB praticou xenofobia

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O Ministério Público da Paraíba (MPPB) deu início, na tarde desta quarta-feira (25), à instauração de um inquérito para investigar suposto caso de xenofobia em uma declaração de Adriana Borba, noiva do jogador Léo Campos, do Botafogo-PB. Em vídeo divulgado nas redes sociais, ela reclamou do sotaque e fez comentários considerados preconceituosos sobre o jeito de andar dos paraibanos.

o procedimento será instaurado pela promotora de Justiça e coordenadora do Núcleo de Gênero, Igualdade e Diversidade Racial, Liana Carvalho. “A xenofobia é tratada por lei como racismo e processada como tal. Vamos instaurar procedimento e estudar como fica a atribuição do caso”, explicou a promotora.

O que disse Adriana?

Causou repercussão nas redes a forma como Adriana descreveu características atribuídas por ela aos paraibanos. “É muito fofo o sotaque, acho bonitinho, mas chega uma hora que você fica irritada. Sabe aquela pessoa que fica na tua frente: oxe, minha filha, olhe esse preço desse aqui ó, devo levar ou não devo? Coisa cara da moléstia”, disse.

Após a repercussão do caso, a noiva do jogador pediu desculpas em novo vídeo divulgado nas redes sociais. “Infelizmente a forma com que eu falei… Às vezes a gente brinca… Quantas vezes um comediante brinca… Vocês têm o direito de não gostar. Não tiro a razão de vocês. Reforço as palavras do Léo, estamos torcendo pelo clube. Tínhamos outras propostas e eu falei para ele vir João Pessoa. Não gostaria que esse meu erro atrapalhasse o futebol dele, atrapalhasse ele com o Botafogo-PB, até porque hoje eu também sou torcedora do Botafogo-PB”, falou.

Ao lado da mulher, o jogador também fez um pedido de desculpas, em especial, os torcedores do Belo. Ao lado de Drica Borba, ele classificou a situação como uma ‘brincadeira sem maldade’ e disse que ‘algumas palavras foram entendidas de forma errada’.

Por meio de nota, o Botafogo disse que “foi surpreendido” com um vídeo circulando nas redes sociais com falas xenofóbicas e que “Os envolvidos, reconhecendo o erro, já se manifestaram com pedidos de desculpas”. “O Maior da Paraíba, como representante de uma massa plural, reitera que reprova demonstrações que sugiram qualquer discriminação seja por raça, cor, etnia, religião, procedência nacional ou orientação sexual”, disse o time.

Polêmica Paraíba

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