Emlur substitui sacos plásticos por sacos de papel na coleta de dejetos de pets

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Fotografia: Carlos Nunes
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A Autarquia Especial Municipal de Limpeza Urbana (Emlur) disponibiliza embalagens ecologicamente mais sustentáveis para que os donos de pets coletem os dejetos dos animais durante os passeios ao ar livre. A partir da próxima semana, os saquinhos plásticos serão substituídos por sacolas de papel kraft, material que não oferece riscos aos animais marinhos, caso sejam indevidamente descartados e levados ao mar. João Pessoa é a primeira cidade do Nordeste a utilizar o material.

O superintendente da Emlur, Ricardo Veloso, explica que a mudança do material utilizado faz parte da campanha #Plásticozeronomar, que tem por objetivo reduzir a utilização de plástico, sobretudo, na região das praias. A hashtag é utilizada nas papeleiras instaladas na cidade e em campanhas de conscientização nas redes sociais. Na extensão de toda a orla de João Pessoa, há 95 totens (estação de saquinhos), onde é possível obter as embalagens de papel para recolher as fezes de animais.

O serviço, que contribui para a limpeza urbana, é realizado por meio de uma parceria público/privada entre a Emlur e a empresa Pooblicão Mídia Ambiental, que disponibiliza as estações coletoras e as sacolas. Atualmente, há 250 pontos de coleta na cidade de João Pessoa.

“Esta parceria é importante para manter nossa cidade limpa, evitando que os donos de pets deixem os resíduos dos animais em locais públicos, como calçadas e parques. Não podemos esquecer que as fezes de animais podem causar prejuízos à saúde da população, sobretudo, das crianças, que utilizam os espaços públicos para brincadeiras, estando mais propensas a este tipo de risco”, afirma o superintendente da Emlur, Ricardo Veloso.

Preservação da vida marinha – A mudança dos materiais das sacolas distribuídas na orla é um teste, aplicado, por enquanto, apenas no verão, com o objetivo de preservar a vida marinha, conforme explica o coordenador da Pooblicão, Otávio Mariz.

“A ideia da embalagem de papel veio em razão da maior degradabilidade do material, com objetivo de preservar a vida marinha, evitando o sufocamento dos animais marinhos, como peixes ou tartarugas, em caso de contato com o material. Isso é possível de acontecer se as pessoas jogarem os saquinhos na areia, que podem ser puxados pela maré”, comenta ele.

Na orla da Capital, a cada 200 metros, há um totem da Pooblicão. Os demais estão instalados em locais estratégicos da cidade, como praças, calçadas, canteiros e parques, a população vai continuar utilizando os saquinhos de plástico biodegradável. O coordenador da Pooblicão, Otavio Mariz, pede que as pessoas utilizem os saquinhos apenas para a coleta de fezes dos animais para efeito positivo do projeto “Quem cuida, recolhe”.

Outras ações – O superintendente-executivo da Emlur, Igo Morais, reforça que está em vigor a Lei 12.285/2022, que proíbe a venda e distribuição de canudos de plástico em bares, restaurantes e estabelecimentos comerciais da Paraíba. Os locais apenas podem usar canudos de material não descartável ou biodegradável, a exemplo de papel, inox, bambu ou comestível. “Os produtos também não podem ser embalados em material plástico”, enfatiza.

QR Code – Se faltar saquinho no coletor, o usuário pode efetuar a leitura do QR Code do totem com o telefone celular. Será aberta uma conversa no WhatsApp do SAC “Alô saquinho” para que possa ser indicado o local exato onde o usuário está e a empresa realize a reposição do material.

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