MP pede arquivamento e diz que investigação não tem provas contra empresa paraibana

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O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) pediu, nesta segunda-feira (25), o arquivamento da investigação contra o cantor Gusttavo Lima e os sócios-proprietários da Vai de Bet, o casal André Rocha e Aislla Rocha. Segundo o documento, os donos da empresa paraibana são mencionados na investigação apenas por atuarem no ramo de jogos online, semelhante a outra bet também investigada, e por comprarem artigos de luxo. Eles são investigados pelos crimes de lavagem de dinheiro e associação criminosa.

“Essas são as únicas condutas atribuídas aos investigados JOSÉ ANDRÉ DA ROCHA NETO e AISLLA SABRINA TRUTA HENRIQUES ROCHA no relatório conclusivo da investigação: serem proprietários da empresa Pix365 Soluções Tecnológicas (Vaidebet) e adquirirem bens de luxo nas lojas Hermes do Brasil e Dolce & Gabana do Brasil”, registra o documento.

No relatório conclusivo da investigação da Polícia Civil, José André da Rocha Neto e Aislla Sabrina Rocha são citados como donos da Vai de Bet e os investigadores afirmam que as funções deles seriam “lavar dinheiro, dissimulando a origem de valores ilícitos provenientes das atividades ilegais (apostas esportivas) dessa empresa, a exemplo de compras de artigos de luxo”. Ainda segundo relatório, muitas dessas compras foram estornadas.

No entanto, segundo o órgão ministerial, não há elementos que demonstrem que os valores das operações indicadas no relatório sejam de origem criminosa e também não há relação com Darwin Filho, suspeito de ser contraventor do jogo do bicho e dono da Esportes da Sorte. Ele também foi alvo da Operação Integration, em setembro deste ano.

“O único ponto de convergência entre o investigado Darwin Henrique da Silva Filho, sua empresa e os investigados José André da Rocha Neto e Aislla Sabrina Truta Henriques Rocha que se vislumbra no decorrer da investigação é o fato de suas respectivas empresas, HSF Entretenimento e Promoção de Eventos (Esportes da Sorte) e Pix365 Soluções Tecnológicas (Vaidebet), desempenharem a mesma atividade: exploração de apostas (autorizadas pelas leis 13.756/2018 e 14.790/2023). Só isso. Apenas isso!”, afirma o documento.

O Ministério Público pediu para manter apenas as investigações relacionadas às operações suspeitas de Darwin Filho e suas empresas, além da Zelu Brasil Facilitadora de Pagamentos, que atuava como intermediadora da empresa Esportes da Sorte. Os donos da intermediadora são Thiago Lima Rocha e Rayssa Ferreira Santana Rocha. A investigação continua devido à suspeita de relação com a empresa do investigado, mas, neste momento, o MP também pediu o arquivamento do inquérito contra Thiago e Rayssa.

Ainda considerando a possibilidade de as operações atípicas configurarem um suposto indício de lavagem de capitais — o que não foi constatado nesta investigação —, o Ministério Público de Pernambuco também pediu que os documentos fossem enviados às autoridades do estado da Paraíba.

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