O Ministério da Saúde anunciou a incorporação de duas novas tecnologias ao Sistema Único de Saúde (SUS) para prevenir complicações causadas pelo vírus sincicial respiratório (VSR), um dos principais responsáveis por infecções respiratórias graves em bebês, como a bronquiolite.
A medida inclui:
•Nirsevimabe: um anticorpo monoclonal que oferece proteção imediata contra o VSR, indicado para bebês prematuros e crianças de até 2 anos com comorbidades.
•Vacina recombinante contra o VSR (tipos A e B): aplicada em gestantes para garantir que o bebê receba anticorpos ainda na barriga da mãe, protegendo-o nos primeiros meses de vida.
Segundo o Ministério da Saúde, a decisão foi tomada após análise da Conitec (Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS), que avaliou o impacto positivo dessas medidas na redução de hospitalizações e óbitos infantis. A previsão é que a nova estratégia proteja cerca de 2 milhões de bebês e previna cerca de 28 mil internações por ano.
O impacto do VSR na saúde infantil
O vírus sincicial respiratório é responsável por cerca de 80% dos casos de bronquiolite e até 60% das pneumonias em crianças menores de 2 anos. De acordo com dados do Ministério da Saúde:
•1 em cada 5 crianças infectadas pelo VSR precisa de atendimento ambulatorial.
•1 em cada 50 acaba sendo hospitalizada no primeiro ano de vida.
•Entre 2018 e 2024, foram registradas 83.740 internações de bebês prematuros devido a complicações do VSR.
Até o momento, a única opção disponível no SUS era o palivizumabe, indicado apenas para bebês prematuros extremos (com até 28 semanas de gestação) e crianças com doenças pulmonares crônicas ou cardiopatias congênitas graves. Com a incorporação do nirsevimabe e da vacina recombinante, a proteção será ampliada para um maior número de bebês e gestantes.
A portaria oficializando a decisão será publicada nos próximos dias. Com Agência Brasil.
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