O Hospital Padre Zé, em João Pessoa, pode fechar as portas até o fim deste mês por falta de recursos. O motivo é a não renovação do contrato com a Prefeitura de João Pessoa, que alega problemas na prestação de contas da antiga gestão do hospital, envolvida em um escândalo de corrupção. O ex-diretor, Padre Egídio, está preso.
Para evitar o fechamento, o Ministério Público da Paraíba (MPPB) promoveu uma reunião nesta segunda-feira (14) com representantes do hospital, da prefeitura, do Governo do Estado, do Tribunal de Contas e de outros órgãos. Durante o encontro, o Instituto São José, responsável pela administração do hospital, se comprometeu a apresentar, em até cinco dias, um relatório detalhado com os avanços feitos desde que assumiu a gestão em setembro de 2023.
Também ficou decidido que será proposta uma reunião com o presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE) para discutir a criação de um pacto entre o hospital, o município, o estado, o Ministério Público e o próprio TCE. O objetivo é garantir segurança jurídica ao contrato e manter o hospital funcionando. A prefeitura deve apresentar a proposta desse pacto no mesmo prazo de cinco dias.
Atualmente, o Hospital Padre Zé tem 120 leitos contratados com o município, sendo 100 deles destinados a cuidados prolongados, serviço considerado essencial e único na cidade.
Durante a reunião, os promotores Alexandre Nóbrega e Leonardo Pereira destacaram a importância de manter os serviços do hospital funcionando de forma estável e com transparência. Já o secretário de Saúde de João Pessoa, Luís Ferreira, afirmou que a prefeitura manteve os repasses no ano passado, mesmo com a crise, mas não conseguiu renovar o contrato porque as contas da antiga gestão foram reprovadas.
O Instituto São José afirma que já realizou mais de dois mil atendimentos desde que assumiu a administração, mas diz que, sem um novo contrato e sem recursos, o hospital pode ser fechado até o fim do mês.
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