A Justiça autorizou a quebra do sigilo bancário de Samuel Rodrigues Cunha Segundo, homem apontando como autor da venda de aparelhos telefônicos furtados do Hospital Padre Zé, em João Pessoa.
O processo agora tramita em segredo de Justiça. Segundo apurou o Blog Wallison Bezerra, com a quebra do sigilo, os investigadores vão buscar saber para onde foi destinado o dinheiro da venda dos iPhones usando como base informações do Banco Central.
O furto e a venda de aparelhos eletrônicos doados ao Hospital Padre Zé e à Ação Social Arquidiocesana pela Receita Federal podem ter gerado um dano de R$ 525 mil.
Diante dos indícios de irregularidades, a delegada Karina de Alencar Torres solicitou à Justiça o bloqueio de bens e quebra de sigilo bancário de Samuel Rodrigues Cunha Segundo, apontado como autor dos furtos. O pleito teve parecer favorável do Ministério Público da Paraíba e aguarda decisão da Justiça.
Em nota, a defesa de Samuel disse que o investigado chegou a ser preso, mas teve a prisão revogada mediante à imposição de medidas cautelares. O advogado Aécio Farias frisou que “aguarda o fim da investigação para melhor se pronunciar”.
Como a investigação teve início
Em 07 de agosto deste ano, a Delegacia Especializada em Crimes contra a Ordem Tributária da Paraíba abriu um inquérito para investigar o furto de aparelhos eletrônicos que seriam vendidos e o dinheiro revertido para ações no Hospital Padre Zé e na Ação Social Arquidiocesana.
No inquérito, que a reportagem teve acesso, mostra-se que no mês de maio o Padre Egídio Carvalho, agora ex-diretor do Hospital, foi até Foz do Iguaçu juntamente a Samuel Segundo para receber as caixas que doadas pela Receita para o bazar beneficente. Das caixas recebidas, 15 continham itens considerados mais caros e ficaram guardadas na sala da presidência do Padre Zé.
Segundo o inquérito, nem o Padre Egídio, nem Samuel Segundo “souberam precisar quais os itens segregados nas 15 caixas, apenas referenciaram que seriam os itens mais caros da doação”.
Quando as caixas foram abertas de 24 de julho foi constatado o furto. De acordo com a Polícia, o autor do crime teve “cuidado, cautela, tempo de abrir as caixas, retirar os produtos e lacrá-las novamente’.
“O furto foi cometido mediante destreza e abuso de confiança, considerando o fato de os produtos mais caros destinados às duas instituições terem ficado na sala do Padre Egídio de Carvalho Neto”, diz a investigação.
Com informações do MaisPB