O Conselho Regional de Medicina da Paraíba (CRM-PB) decidiu, por unanimidade, pela interdição cautelar do médico Fernando Cunha Lima. A decisão foi tomada em plenária extraordinária realizada nesta sexta-feira (16), e ainda precisa ser referendada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM).
De acordo com uma nota emitida pelo órgão, a interdição, inicialmente prevista para durar 180 dias, pode ser prorrogada por mais 180 dias, totalizando um possível período de 360 dias. Durante esse tempo, o processo ético-profissional deve ser concluído.
O CRM-PB realizará a análise dos depoimentos das partes envolvidas e dependerá também das investigações conduzidas pelo Ministério Público, Polícia Civil, e dos laudos periciais para decidir sobre a possível punição do médico.
Na última quarta-feira (14), a Polícia Civil indiciou o médico pelos crimes de estupro contra crianças. Por envolver crimes contra menores, o caso tramitará em segredo de justiça. O processo será encaminhado para análise do Ministério Público da Paraíba, que decidirá sobre a oferta da denúncia.
Entenda o Caso
O médico Fernando Cunha Lima está sob investigação por suspeita de abuso sexual infantil, com a primeira denúncia envolvendo uma menina de nove anos. De acordo com a mãe da vítima, o crime teria ocorrido no consultório do médico em João Pessoa, no dia 25 de julho. Após a consulta, a mãe registrou um Boletim de Ocorrência junto à Polícia Civil. Além disso, a sobrinha do suspeito, Gabriela Cunha Lima, também fez uma denúncia pública contra o médico.