O prefeito eleito de Pedra Branca, Allison Victo Bastos de Sousa, teve seu mandato cassado pela Justiça Eleitoral antes mesmo da posse por abuso de poder econômico e captação ilícita de sufrágio nas eleições de 2024. Ele também foi declarado inelegível por um período de oito anos.
A decisão foi fruto de uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral movida pela “Coligação Governar para Todos”, formada pelos partidos Republicanos e União. Além do prefeito eleito, o vereador Geudiano de Sousa, que concorria à reeleição, também foi condenado. Ambos receberam multa solidária de R$ 10 mil.
De acordo com o processo, os dois candidatos visitaram a residência de José Rodrigues Sobrinho e Edlânia Pereira Oliveira, moradores do Sítio Jenipapeiro, na zona rural de Pedra Branca. Durante essa visita, realizada no período eleitoral de 2024, houve a suposta oferta de R$ 2 mil em troca de votos. Desse total, R$ 1.500 teriam sido financiados por Allison de Sousa e R$ 500 por Geudiano de Sousa. Um apoiador conhecido como “Jacaré” também esteve presente na ocasião.
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Uma gravação em vídeo foi apresentada como prova. Segundo a Justiça Eleitoral, o material comprova que os candidatos ofereceram dinheiro em troca de votos e exigiram a alteração da propaganda eleitoral exibida na fachada da residência. A quantia foi apreendida pelas autoridades.
Consequências da decisão
Além da multa e da inelegibilidade por oito anos, contada a partir de 6 de outubro de 2024, os registros ou diplomas concedidos aos condenados em decorrência do pleito municipal também foram anulados.
A Justiça considerou as provas apresentadas como claras demonstrações de abuso de poder econômico e captação ilícita de sufrágio, reforçando a gravidade das práticas que comprometeram a lisura do processo eleitoral.
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