Pediatra suspeito de estuprar criança dá entrada em hospital e falta a depoimento à polícia

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Foto: TV Câmara/Reprodução
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A defesa do médico pediatra Fernando Paredes Cunha Lima informou na manhã desta quinta-feira (8) que ele não compareceu à Delegacia de Repressão aos Crimes contra a Infância e a Juventude para prestar depoimento, tal como era aguardado pela Polícia Civil. Os advogados alegam que o pediatra passou mal durante a madrugada e que precisou ser internado às pressas no Hospital da Unimed, em João Pessoa. Eles foram à delegacia justificar a ausência.

Fernando Cunha Lima é suspeito de cometer um estupro contra uma menina de 9 anos de idade durante uma consulta médica realizada em 25 de julho deste ano. A mãe da criança, que estava no consultório, disse em depoimento que viu o momento em que ele teria tocado as partes íntimas da criança.

Ela informou que na ocasião imediatamente retirou os dois filhos do local e foi prestar queixa na Delegacia de Polícia Civil. Apesar da denúncia ter sido registrada naquele dia, o caso só se tornou público nessa quarta-feira (7).

A delegada do caso, Isabela Emanuela, não falou com a imprensa. E o Hospital da Unimed disse que não pode passar informações sem autorização da família. O g1, no entanto, apurou que Fernando Cunha Lima foi à unidade hospitalar alegando arritmia, mal estar e dor no peito.

Por volta das 10h20 desta quinta-feira (8), os advogados do pediatra emitiram nota defendendo a tese de que as denúncias contra ele são infundadas e que Fernando vai esclarecer tudo assim que possível.

Nesta quinta-feira (7), pelo menos mais quatro outras mulheres foram até a Delegacia para formalizar denúncias contra o pediatra. Entre elas, duas sobrinhas do suspeito que denunciam terem sido abusadas na década de 90.

As denúncias, assim, indicam que os crimes aconteceriam há pelo menos 33 anos, já que o relato de uma das sobrinhas fala de um estupro que teria sido cometido em 1991.

O Conselho Regional de Medicina (CRM-PB) informou nessa quarta-feira (7) que abriu uma sindicância para apurar o caso. Já a Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), do qual Fernando Cunha Lima era diretor, decidiu suspendê-lo e afastá-lo de suas funções diretivas.

Com informações do G1PB

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