Hugo Motta afirma que comissão pode discutir aumento de impostos para bancos e empresas para compensar isenção fiscal

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O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou que uma comissão especial, que será instalada nesta terça-feira (6), vai começar a analisar a isenção do Imposto de Renda (IR) para quem recebe até R$ 5 mil por mês, e que uma das preocupações é o impacto econômico da medida e como compensar os valores.

A entrevista foi concedida ao Bom Dia Paraíba, nesta segunda-feira (5), em João Pessoa.
Para compensar essa arrecadação, o governo federal propôs uma taxa adicional para quem ganha mais de R$ 50 mil mensais.

Motta afirmou que acredita que outras saídas também podem ser encontradas, discutidas ainda de forma não oficial, mas a expectativa é que comecem a ser discutidas a partir de amanhã.
“Eu entendo até que outras saídas podem ser encontradas (sobre a taxação de quem ganha mais de R$ 50 mil), e é isso que está sendo discutido amplamente de forma não oficial, que a comissão especial passará a discutir agora de forma oficial, como, por exemplo, você cobrar um pouco mais de bancos, cobrar um pouco mais de empresas de pessoas jurídicas, e não apenas transferir isso para a pessoa física”, afirmou Hugo Motta.

O deputado entende que a isenção é uma maneira de fazer “justiça social, justiça na cobrança” e que é justa com o cidadão. Sobre a Paraíba, o deputado também avalia que é uma medida de incrementar a renda, para que as famílias paraibanas possam comprar mais coisas ou fazer um investimento.
“Nós temos defendido muito a bandeira da responsabilidade fiscal, da justiça social através do desenvolvimento econômico. Nós vemos essa medida, primeiro, com bons olhos. Acredito que o Congresso vai, sim, aprovar essa isenção; ela é boa para quem ganha menos, mas precisamos ter essa responsabilidade para que ela não seja danosa para a nossa economia”, afirmou Hugo Motta.

Segundo o deputado, com o tempo, a comissão deverá ouvir economistas, a sociedade e o setor produtivo, realizar audiências públicas e, a partir disso, encontrar o melhor texto possível. O presidente espera que a versão final seja aprovada até o fim do ano.

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